Dr Eduardo Novais
Dr Eduardo NovaisRetinopatia diabética na Barra da Tijuca
Oftalmologista

CRM : 52.85076-4

RQE : 25157

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Informações do médico

Currículo :
– Pós-doutorando em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo
– Doutorado em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo
– Pós-Doutorado pelo New England Eye Center Tufts University, Boston
– Diretor Médico Centro Oftalmológico Città

A Retinopatia Diabética (RD) está associada a um controle inadequado dos níveis de glicose no sangue, a outras condições como hipertensão arterial, e ao tempo de duração do diabetes. Mesmo em pacientes que mantêm um controle rigoroso da glicemia, a retinopatia pode surgir ou piorar ao longo dos anos. Por isso, é indispensável que pessoas com diabetes realizem avaliações oftalmológicas regulares.

A RD é dividida em dois estágios principais: retinopatia diabética não proliferativa (RDNP) e retinopatia diabética proliferativa (RDP). A RDNP é o estágio inicial e mais leve, sendo geralmente tratada com o controle adequado da doença sistêmica. Nessa fase, surgem alterações como microaneurismas, pequenos sangramentos e depósitos lipídicos na retina. Se não controlada, a RDNP pode evoluir para a forma proliferativa, caracterizada pelo crescimento de novos vasos sanguíneos frágeis na retina, que podem causar sangramentos severos e até descolamento de retina.

Fatores de risco

Embora qualquer pessoa com diabetes possa desenvolver RD, aqueles com controle glicêmico inadequado, hipertensão arterial ou colesterol elevado estão mais propensos. O sedentarismo é outro fator que aumenta os riscos, contribuindo para um controle glicêmico pior e para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Sintomas

Nos estágios iniciais, a RD pode não causar sintomas, o que dificulta sua detecção precoce. Muitos pacientes só percebem alterações visuais em fases avançadas, quando as complicações já são mais graves. Entre os sintomas mais comuns estão:

  • Visão turva, devido ao edema macular;
  • Manchas escuras ou “teias de aranha” na visão, causadas por hemorragia vítrea;
  • Perda de campo visual, resultante de descolamento de retina;
  • Dificuldade para enxergar à noite e alterações na percepção de cores.

Complicações

  • Edema macular diabético: Principal causa de baixa visual, ocorre devido ao acúmulo de líquido na mácula, prejudicando a visão central e dificultando atividades como leitura e tarefas que exigem visão de detalhes.
  • Hemorragia vítrea: O rompimento de vasos sanguíneos frágeis pode levar a sangramentos dentro do olho, percebidos como manchas ou sombras. Em casos mais severos, pode ser necessária uma cirurgia de vitrectomia para remoção do sangue.
  • Descolamento de retina: O crescimento de neovasos acompanhado de tecido fibroso pode causar tração na retina, levando ao seu descolamento, uma complicação grave que pode resultar em perda permanente da visão.
  • Outras condições associadas: Pacientes com diabetes também têm maior risco de desenvolver catarata precoce e neuropatia diabética, que pode causar visão dupla, estrabismo e outros problemas visuais.

Diagnóstico

O exame de fundo de olho realizado por um especialista em retina é a principal ferramenta para o diagnóstico da RD. Além disso, exames complementares ajudam a monitorar a progressão da doença:

  • Retinografia colorida: Permite documentar as alterações na retina e acompanhar sua evolução ao longo do tempo.
  • Angiofluoresceinografia: Realizada com contraste intravenoso, identifica alterações vasculares em casos mais avançados.
  • Tomografia de Coerência Óptica (OCT): Exame não invasivo que detecta edema macular e outras alterações com alta precisão, sendo rápido e seguro para o paciente.
  • Ultrassonografia ocular: Indicada em casos de hemorragia vítrea densa, quando o exame de fundo de olho não é possível.

Prevenção

A melhor forma de prevenir a RD é manter um controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue, associado a uma dieta equilibrada e à prática regular de exercícios físicos.

De acordo com as recomendações do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e da Academia Americana de Oftalmologia (AAO):

  • Pacientes com Diabetes Tipo I devem realizar o primeiro exame oftalmológico até cinco anos após o diagnóstico.
  • Pacientes com Diabetes Tipo II devem iniciar o acompanhamento no momento do diagnóstico.

Gestantes com diabetes ou que desenvolvem diabetes gestacional devem ter acompanhamento oftalmológico regular, pois os níveis de glicemia podem variar significativamente durante a gravidez, agravando a RD.

A Retinopatia Diabética é uma condição grave, mas prevenível com um bom controle metabólico e acompanhamento médico frequente. Exames oftalmológicos regulares são essenciais para detectar alterações precocemente e prevenir complicações que possam comprometer a visão de forma irreversível.

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