Currículo :
– Pós-doutorando em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo
– Doutorado em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo
– Pós-Doutorado pelo New England Eye Center Tufts University, Boston
– Diretor Médico Centro Oftalmológico Città

A membrana epirretiniana (MER) é uma condição ocular caracterizada pelo crescimento de uma camada de tecido sobre a mácula, a região central da retina responsável pela visão detalhada e pela leitura. Essa camada, semelhante a um tecido cicatricial, pode causar visão borrada ou distorcida ao contrair a superfície da retina.

Fatores de Risco

Os principais fatores associados ao desenvolvimento da membrana epirretiniana incluem:

• Idade avançada;
• Cirurgias oculares ou fotocoagulação a laser anteriores;
• Retinopatia diabética;
• Histórico de descolamento de retina.

A condição é mais prevalente em pessoas acima de 50 anos e não apresenta predileção por sexo ou etnia.

Sintomas

Os sintomas variam de acordo com a gravidade da condição e podem incluir:

• Visão embaçada;
• Distorção de linhas retas (metamorfopsia);
• Dificuldade em atividades que exigem visão de detalhes, como leitura;
• Em casos avançados, perda da visão central.

Complicações

A membrana epirretiniana pode levar à progressão de sintomas visuais e, em casos mais graves, ao desenvolvimento de buracos maculares devido à contração significativa da membrana. Essas complicações podem impactar negativamente a qualidade de vida, especialmente se ambos os olhos forem afetados.

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado por um especialista em retina, que utiliza exames como a avaliação do fundo de olho e a Tomografia de Coerência Óptica (OCT). A OCT é essencial para identificar a presença e a gravidade da membrana com alta precisão, permitindo um planejamento adequado do tratamento.

Tratamento

O tratamento indicado para casos sintomáticos ou progressivos é a vitrectomia via pars plana. Durante essa cirurgia, o vítreo é removido, seguido pela retirada delicada da membrana da superfície da mácula. A cirurgia é recomendada quando os sintomas afetam significativamente a visão ou continuam a piorar.

Prevenção

Embora não existam medidas específicas para prevenir a formação da membrana epirretiniana, exames oftalmológicos regulares são fundamentais para a detecção precoce, principalmente em pessoas com fatores de risco. O diagnóstico precoce possibilita a intervenção antes que os sintomas comprometam gravemente a visão.