Informações do médico
– Mestre em Cirurgia pela UFRJ
– Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica
– Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica – SOBRACIL
– Faculty Member – IRCAD/EITS – Universidade de Estrasburgo, França (Março de 2008)
– Membro do “Communication Comittee of the International Federation for the Surgery of Obesity – IFSO
– Coordenador do Curso de Pós Graduação em Cirurgia Bariátrica e Metabólica da Universidade Unigranrio
– Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – SBCBM – Capítulo Rio de Janeiro – 2017/2018
Galeria de Fotos
Localização
Av. Armando Lombardi, 1000 – Bloco 2 – Grupo 232 – Barra Life
Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
Dr Antonio Cláudio Jamel Coelho Cirurgia da Obesidade no Rio de Janeiro
CRM : 52.45926-0
Cirurgia Bariátrica
Currículo :
– Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
– Mestre em Cirurgia pela UFRJ
– Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica
– Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica – SOBRACIL
– Faculty Member – IRCAD/EITS – Universidade de Estrasburgo, França (Março de 2008)
– Membro do “Communication Comittee of the International Federation for the Surgery of Obesity – IFSO
– Coordenador do Curso de Pós Graduação em Cirurgia Bariátrica e Metabólica da Universidade Unigranrio
– Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica – SBCBM – Capítulo Rio de Janeiro – 2017/2018
Endereço : Avenida das Américas, 1000 – Bloco 2 – Grupo 232 – Barra Life
Bairro : Barra da Tijuca – Rio de Janeiro – RJ
Telefones : (21) 2493-9377 / (21) 3078-1422
WhatsApp : (21) 96770-7728
Site : http://www.obesoproctocenter.com.br/
A cirurgia da obesidade mórbida, também conhecida como cirurgia bariátrica (do grego “ baris”, que quer dizer pesado , difícil e “iatrus” que é relativo ao médico).
A obesidade é um problema grave e de difícil controle em praticamente todas as sociedades modernas.
Muitas explicações baseadas em um grande número de trabalhos científicos, são encontradas em uma vasta gama de publicações médicas, bem como em publicações leigas.
A origem genética vem sendo muito investigada e, de fato, parece ter papel relevante neste complexo mecanismo que resulta em última análise, na tendência e manutenção da obesidade.
Entretanto uma pergunta ficará sem resposta, principalmente para os que viveram nos anos 60 e 70 : onde estavam os obesos naqueles anos ?
Mudamos nossa arquitetura genética nestes 30 anos ? Definitivamente não.
Mas o que houve então ? Abaixo uma pista.
A Criação nos proporcionou o mais eficiente sistema de transformação energética conhecido : o sistema digestivo, formado por um reservatório de grande capacidade (estômago) , uma superfície altamente eficiente de absorção (intestino) e um conjunto acessório de processamento (fígado e pâncreas).
Este sistema foi de importância fundamental no início de nossa caminhada neste planeta, quando precisávamos caçar para obter alimento, enchíamos o nosso reservatório até o máximo , para suportarmos um imprevisível intervalo de tempo até a próxima refeição.
Com o passar dos anos, o desenvolvimento tecnológico paulatinamente nos permitiu organizar, cultivar, industrializar e armazenar alimentos, proporcionando alimentação de acordo com nossa vontade.
No entanto o nosso sistema eficiente de absorção continuou inalterado.
Some-se a isto a grande disponibilização à baixo custo de alimentos extremamente calóricos nos últimos anos e ainda, transporte motorizado, lazer sedentário principalmente na infância e teremos a mistura de fatores que culminou nesta verdadeira epidemia de obesidade.
O conjunto de fatores citados acima, não exclui o fator genético de maneira alguma, inclusive porque, os nossos genes necessitam da interação com fatores externos para sua expressão.
Isto é : quando seus genes determinam um conjunto de características anatômicas e funcionais que resultem em obesidade, será preciso a ação de um fator externo para interação (a comida).
Pensem nisto : nos países em que a fome é predominante, certamente existem indivíduos potencialmente obesos geneticamente falando, entretanto a impossibilidade de acesso à alimentação adequada impede a expressão da obesidade em seus organismos.
Até o presente momento, a cirurgia bariátrica é o único tratamento eficaz para a obesidade mórbida, sendo suas técnicas, puramente baseadas em adaptação digestiva.
Atuamos na adaptação do reservatório (cirurgias de restrição gástrica) e da absorção (cirurgias de desvio intestinal), na tentativa de adequação do sistema digestório à nova realidade, obtendo assim o desejado resultado do emagrecimento.
Ao conversar com seu médico, você poderá ponderar sobre suas características pessoais, problemas de saúde concorrentes e como estes fatores podem afetar a indicação e os resultados da cirurgia.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
O que é obesidade mórbida ?
A obesidade é uma doença universal que vem atingindo índices alarmantes e, atualmente, constitui um grave problema de saúde pública na sociedade moderna.
Atualmente, existem vários métodos quantitativos para diagnosticar e classificar obesidade, o mais usado é o IMC (índice de massa corporal).
O cálculo é fácil e rápido, utiliza-se o peso (em Kg) e dividi-se pela altura ao quadrado, ou seja, peso/altura x altura. Quando este valor é superior a 40kg/m2 está definido como obesidade mórbida.
Quando está indicada a cirurgia para redução de peso ?
De forma simplificada, quando o IMC for igual ou superior a 40 kg/m2 o paciente já apresenta indicação cirúrgica. Também são candidatos aqueles que possuem um IMC superior a 35 kg/m2 e possuem doenças associadas (diabetes, hipertensão arterial, apnéia do sono) e que tenha essa situação clínica agravada pela obesidade.
Existe alguma contra-indicação ao procedimento cirúrgico ?
Adolescentes, idosos, distúrbios psíquicos graves, dependência de álcool ou drogas implicam uma consideração mais cuidadosa quanto a indicação e a técnica a ser utilizada. Entretanto, vale lembrar que, cada caso deve ser analisado individualmente junto a uma equipe multidisciplinar.
Quais são os tipo de cirurgia ?
Existem atualmente, três técnicas mais empregadas no mundo inteiro : a cirurgia de Capella, cirurgia de Scopinaro e colocação de banda gástrica ajustável. Nos EUA, a cirurgia de Capella é a mais utilizada atingindo 70-80% de todas as cirurgias realizadas neste país. Várias condições são analisadas para definir a técnica que será empregada, como : perfil dos hábitos alimentares, condição psíquico-social ou até preferência pessoal do paciente. É importante que o paciente conheça todas as vantagens e desvantagens de cada cirurgia para que junto à equipe multidisciplinar possa optar pela técnica a ser escolhida.
O que é balão intra-gástrico ?
O balão intra-gástrico é uma prótese de silicone com capacidade variável entre 400 – 700 mL colocada transitoriamente dentro do estômago através da cavidade oral por endoscopia digestiva. Só é utilizado em situações muito especiais como por exemplo, preparar super obesos (pacientes com IMC >50 kg/m2) para cirurgia definitiva, fazendo com que percam peso e minimizem os riscos pré-operatórios destes pacientes.
Qual será a minha alimentação após a cirurgia ?
Nos trinta primeiros dias do pós-operatório a consistência da dieta é líquida coada, ou seja, água de coco, caldo da canja, suco de frutas (passado no coador de café), chás, etc. Com passar dos dias, a alimentação vai evoluindo para pastosa, esta fase é variável, depende de paciente para paciente. Passado o primeiro mês, a alimentação passa a ser mais consistente, neste momento a mastigação exaustiva deve ser rigorosamente instituída.
A partir do terceiro mês, em média, a alimentação encontra-se muito próxima do “normal”, nesta fase o paciente é capaz de selecionar os alimentos que lhe traga mais conforto, satisfação e qualidade nutricional.
Em torno do quarto mês, o paciente já apresenta certa “independência” nutricional e encontra-se apto a reconhecer quais os alimentos ricos em proteínas, lipídeos, glicídios e vitaminas. O aprendizado da mastigação e deglutição lentas são fatores determinantes para uma boa adaptação dietética.
Após a cirurgia, é necessário tomar algum tipo de medicação ?
Sim. As deficiências nutricionais são pontos marcantes e que devem ser rigorosamente monitoradas durante o seguimento pós-operatório. Complexos vitamínicos são usados rotineiramente após a cirurgia a partir do momento que o paciente já esteja autorizado a ingerir comprimidos.
Medicações que diminuem a secreção ácida do estômago também são utilizadas inicialmente a fim de prevenir úlceras e manter um “repouso” gástrico.
Posso engravidar após a cirurgia ?
A gestação na obesa mórbida acarreta graves problemas, não só a ela, como também ao feto levando muitas vezes a abortos repetidos. Na paciente submetida a cirurgia bariátrica ocorre uma melhora nos níveis hormonais, além do controle de doenças como diabetes e hipertensão propiciando uma maior segurança quanto ao período gestacional. Como nos 12 primeiros meses de pós-operatório é o período de maior perda de peso, não é recomendado engravidar neste momento, aguardando um período de maior estabilização do peso a fim de garantir um gestação mais segura.
Quais são os riscos da cirurgia ?
A cirurgia para obesidade mórbida é uma cirurgia de grande porte envolvendo uma equipe multidisciplinar de profissionais treinados a lidar com este perfil de pacientes. Entretanto, apesar dos bons resultados não existe uma garantia de sucesso. A reoperação pode ser necessária e nenhum paciente deve ser submetido a cirurgia bariátrica se não estiver preparado para aceitar esta possibilidade.
Na perspectiva de minimizar os riscos, o paciente deve ficar atento quanto à capacitação da equipe envolvida, reuniões pré-operatórias e o local (unidade hospitalar) onde será realizado o procedimento.Converse com a equipe e tire suas dúvidas nas nossas reuniões.
Qual a perda de peso esperada após a cirurgia ?
Em média, é esperada uma perda de 30-50% do peso inicial do paciente após um ano da cirurgia.
Corro o risco de não perder peso ou até mesmo engordar depois de operar ?
Sim, isto é possível. Felizmente o percentual é muito pequeno Várias razões podem estar por trás disso, como a transferência para compulsão de ingestão excessiva de bebidas alcoólicas. Devido ao alto teor calórico do álcool, esta pode ser uma importante causa de insucesso pós-operatório.
Outras possibilidades são certas readaptações alimentares como a boa tolerância para açúcares sem os sintomas da síndrome de dumping (quadro caracterizado pela intolerância aos açúcares após a cirurgia). Isto tudo pode ser amenizado quando o paciente prevê um acompanhamento multidisciplinar regular favorecendo melhor qualidade e adequação da quantidade, assim como, tratamento psicológico dos possíveis distúrbios alimentares e melhora da qualidade de vida com o incentivo para a prática de atividade física diária.
Será necessário fazer cirurgia plástica no pós-operatório ? Quanto tempo depois de operado ?
Nem todos os pacientes são candidatos à cirurgia plástica no pós-operatório, esta decisão varia de caso a caso. Elasticidade de cada tipo de pele, queixas estéticas, danos estéticos causados pela perda de peso, perda ponderal no período, tudo isso é levado em consideração, entretanto, quando realizada, é feita a partir de 12-18 meses após a cirurgia bariátrica.